4 de março de 2012

Abismo

Lanço-me ao abismo todos os dias!.
Morre parte de mim ao fim de cada dia ensolarado.
Me embriago com o liquido amargo que bebo no cálice da solidão.
Me sinto só mesmo em plena mutidão.
Me sinto invisel, sombra em meio a luz.
Já não sonho, o que era bom antes, já não me seduz.
Desencanto, desatino, incertezas é o que me resta.
Morre em mim um pouco de tudo.
 Amor, esperança, fé minha, alma de poeta.
Vivo em um floresta acinzentada onde as tardes se findam num céu avermelhado.
Em um lugar em que as pessoas se esbarram, se atropelam mas não se olham.
O abismo que me lanço todos os dias é o da distância que cada ser mantem um do outro.
Indiferença, medo, arrogância, prepotência, demência dentro de cada um.
Sufoca a fé, alimenta a desconfiança um no outro indiscriminadamente.
Lanço-me a esse abismo porém, desejando romper os dogmas e paradoxos.
Para que não morra a bondade, a fé e minha alma de poeta.



Poeta Brasil
Carlos A. Passos




Existia magia, fogo e paixão O sangue corria quente, fervoroso em nossas veias. Nossos corações batiam alucinadamente descompassados. Um...