5 de março de 2014

Cortei as amarras que me aprisionavam  ao passado.

Rompi com os fantasmas e demônios que me atormentavam, risonhos e famintos por minha alma.
Espantei a doença silenciosa que usurpava meus sonhos e corrompia a fé em mim.
Por muito tempo vaguei pelo vale de lobos em que eu era apenas um cordeiro manso e submisso.
De tanto ser cordeiro entre lobos, rasguei a pele do cordeiro vivo e surgi um ser híbrido meio cordeiro meio lobo, mais lobo que cordeiro.
Acolhi o menino oprimido, maltrapilho de sonhos e sem esperança. 
Abracei por um demorado momento, despido de minha armadura de guerreiro aquela criança carente de amor surgiu.
Resolvi deixar para sempre enterrado no passado tudo que é vil.
O arrependimento foi admitido e o perdão foi dado e a morte pois um ponto final em tudo.
Ilusões, decepções e rancor. 
As feridas doem, depois saram, se tornam cicatrizes e ficam estampadas na epiderme para todo o sempre elas deixam de doer fisicamente, mas ao vê-las me trazem lembranças que me causam dores terríveis pois, me doem no coração na mente e na alma.
Mas agora as amarras foram cortadas, fantasmas e demônios foram exorcizados, o cordeiro agora também é lobo e o menino se encontra agora seguro e feliz.
Uma nova etapa, uma nova chance de viver em paz no meu universo interior.

Poeta Brasil
Carlos A. Passos

Existia magia, fogo e paixão O sangue corria quente, fervoroso em nossas veias. Nossos corações batiam alucinadamente descompassados. Um...