Victória

Você me mantem longe de ti como se eu fosse uma  assombração!

Já te fiz poemas, dei conselhos e compus canções.

Sempre estive presente em cada momento seu, sem exceções.

Cantei, sorri e chorei, junto a ti.
Eu sei que muitas vezes errei, todos erramos e também acertamos.

Peguei-a pela mão e te mostrei o caminho, mesmo sem você querer.

Hoje te sinto longe, tão distante e por mais que eu tente não consigo te trazer para perto de mim.

Sou insistente, e não vou desistir, porém tudo tem incio, meio e fim.

Olhe ao seu redor com atenção, faça o seu poema, escreva sua própria canção.
Em rimas, versos ou prosa, você será sempre minha linda menininha.
Porém cada um tem de fazer sua própria história, com derrotas ou glórias, sorrindo ou chorando tudo faz parte do aprendizado da vida.
Te amei ontem, te amo hoje, te amarei amanhã, te amarei sempre!

Dedico esse texto a minha filha, minha ilha!

Carlos Antonio dos Passos

Poeta Brasil 

Eu só queria dançar contigo.

Eu só queria dançar contigo!

Em uma dança sensual, nada casual

Conhecer os teus passos, o ritimo do teu coração .

Eu só queria sentir tua leveza nem que fosse por um breve momento.

Eu só queria sentir a brisa do vento passar por nossas faces refrescando nossa epiderme. 

Sentir o teor do teu perfume, o calor do teu corpo junto ao meu.

Eu só queria alcançar os seus passos ritimados ao som de um bom boléro.

Eu só queria passar contigo rodopiando por todo o salão.

Sentindo os olhares admirados dos nossos passos leves, sensuais e ousados.

Eu só queria poder envolve-la em meus braços ao som de um tango audacioso, malicioso como eu.

Sentir as curvas do teu corpo, ver o brilho do teus olhos e o sorriso brotar nos lábios teus.

Eu só queria dançar contigo!

Uma dança para poder lembrar a vida inteira, tango ou boléro!

Dedico esse texto em resposta ao texto de minha amiga Lú (Centelha Luminosa)

Poeta Brasil

Carlos A. Passos

Abismo

Lanço-me ao abismo todos os dias!.

Morre parte de mim ao fim de cada dia ensolarado.

Me embriago com o liquido amargo que bebo no cálice da solidão.

Me sinto só mesmo em plena mutidão.

Me sinto invisel, sombra em meio a luz.

Já não sonho, o que era bom antes, já não me seduz.

Desencanto, desatino, incertezas é o que me resta.

Morre em mim um pouco de tudo.
 Amor, esperança, fé minha, alma de poeta.

Vivo em um floresta acinzentada onde as tardes se findam num céu avermelhado.

Em um lugar em que as pessoas se esbarram, se atropelam mas não se olham.

O abismo que me lanço todos os dias é o da distância que cada ser mantem um do outro.

Indiferença, medo, arrogância, prepotência, demência dentro de cada um.

Sufoca a fé, alimenta a desconfiança um no outro indiscriminadamente.

Lanço-me a esse abismo porém, desejando romper os dogmas e paradoxos.

Para que não morra a bondade, a fé e minha alma de poeta.

Poeta Brasil
Carlos A. Passos

Medo de Amar

Gosta de brincar seduzir.

Mulher, menina manhosa.

Sensualidade de intenso luzir.

Ascende o calor do desejo, lança ao abismo da dúvida.

Sem deixar com clareza o que realmente quer.

Em um momento se faz de menina no outro mulher!

Joga o jogo do amor sem medo, brinca com os sentimentos e emoções.

Encantadora de serpentes! Sei teu segredo!

O que falta a ti é carinho, amor, paixão.

Quando ouve falar de amor esta sempre na defensiva.

Diz que de amor não precisa, o que na verdade é pura frustração.

Outrora não foi correspondida coisas do coração, momentos da vida.

Esta em constante luta pessoal, um duelo tão cruel.

Tenta amargar  o próprio coração, fazendo secar-se de emoções.

Porém, não é com a tristeza ou angustia alheia que se farás mel.

Entre montanhas de sentimentos, conflitos, contidos dentro do  peito.

Sei que bate em um ritimo descompassado um coração quente, carinhoso.

Que quer romper as correntes das decepções de amores vividos.

Um coração que anseia se render aos caprichos do amor e da paixão.

Um coração que não se rende novamente ao amor porque pertence a alguém que amou, sofreu e ficou com medo de amar.

Poeta Brasil

Carlos A. Passos