4 de março de 2012

Abismo

Lanço-me ao abismo todos os dias!.
Morre parte de mim ao fim de cada dia ensolarado.
Me embriago com o liquido amargo que bebo no cálice da solidão.
Me sinto só mesmo em plena mutidão.
Me sinto invisel, sombra em meio a luz.
Já não sonho, o que era bom antes, já não me seduz.
Desencanto, desatino, incertezas é o que me resta.
Morre em mim um pouco de tudo.
 Amor, esperança, fé minha, alma de poeta.
Vivo em um floresta acinzentada onde as tardes se findam num céu avermelhado.
Em um lugar em que as pessoas se esbarram, se atropelam mas não se olham.
O abismo que me lanço todos os dias é o da distância que cada ser mantem um do outro.
Indiferença, medo, arrogância, prepotência, demência dentro de cada um.
Sufoca a fé, alimenta a desconfiança um no outro indiscriminadamente.
Lanço-me a esse abismo porém, desejando romper os dogmas e paradoxos.
Para que não morra a bondade, a fé e minha alma de poeta.



Poeta Brasil
Carlos A. Passos




5 comentários:

Con. Passos disse...

O vento do meu espírito soprou sobre a vida.
E tudo o que era efêmero se desfez.
e só ficastes tu que és eterno.
(Cecília Meireles)

Anônimo disse...

Olá Carlos, muito bom esse poema...precisamos criar mais "pontes", para encurtar esses "abismos" e assim tornar essa "floresta" mais colorida! Abraço....ROBINSON(Facul).

Anônimo disse...

olá Carlos.

Gostei muito de seus poemas, principalmente deste "Abismo" lindo de mais..

abraços,
Wanderson.

Anônimo disse...

Carlos, seus poemas são bem elaborados, fazendo com quem lê sinta o conteúdo de cada texto. Muito bom! Parabéns!

Maria Lucia (Centelha) disse...

Nossa , que intensidade tem esse poema, hein!!

As emoções extrapolam em cada letra, em cada frase!

Gostei muito, Carlos!

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